sábado, 10 de julho de 2010


São Bento
(11 de julho)

São Bento nasceu em Núrsia, na Itália, por volta do ano 480, gêmeo de sua irmã Santa Escolástica. De sua personalidade se destaca uma primorosa e exigente determinação em escutar a Deus e um horror à murmuração, pois considerava, em sua sábia sinceridade, os murmuradores como “toupeiras que solapam a paz do Senhor” que, segundo Bento, é fundamental.

Seu lema “Ora et Labora” (reza e trabalha) e “pax” (paz), não perdeu ainda hoje a sua importância e eficácia como desafio e modelo de santidade perfeita. Orar e trabalhar, contemplar e agir, é a síntese da Regra Beneditina. O verdadeiro monge deveria ser, assim se lê no segundo capítulo da regra criada por ele: “Não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador, não difamador...mas casto, manso, zeloso, humilde, obediente.”

A vida de São Bento foi profundamente marcada pela radicalidade num rompimento definitivo com os prazeres do mundo, profundíssima espiritualidade, prodígios extraordinários e destemida batalha espiritual. Com o demônio, Bento teve que lutar muitas vezes, e o descreve como "figura de fogo, horrendíssima, a chispar lume pelos olhos contra ele". Em seus ensinamentos sobre esta batalha contra o demônio, Bento enfatiza que o mais importante e urgente é que o homem reaja contra as tentações.”

No dia de sua morte, mesmo doente e com o corpo abatido por severas penitencias, dirigiu-se à celebração eucarística, comungou e, guerreiro até o fim, morreu de pé, sustentado por seus discípulos, qual vencedor, de braços abertos à imitação de Cristo. Era o ano de 547, dia 21 de março. Bento estava com 67 anos.

A antiga tradição beneditina conserva duas festas de São Bento. A primeira, 21 de março, é a passagem de bento desta vida para o céu. Esta festa é mais celebrada na ordem Beneditina. A segunda, 11 de julho, é a festa de São Bento, Patriarca dos Monges do Ocidente e Padroeiro da Europa. Para se ter idéia da grandiosidade da obra Beneditina, basta saber que este berço gerou para a Igreja vinte e três papas, cinco mil bispos e cerca de três mil santos canonizados.

Quanto à medalha, há mais de 300 anos, conhecida no mundo inteiro, é venerada por causa de sua eficácia contra o demônio e suas manifestações; é divulgada por trazer em si as graças próprias da santidade de Bento. Convida-nos ao combate espiritual e nos põe em alerta frente a necessidade de abraçar uma vida de radical santidade.

Portanto, não é amuleto nem objeto que possa “dar sorte” a quem a use. Trata-se de um sacramental, isto é, um sinal visível de nossa fé, útil para a piedade divina que, uma vez abençoado e exorcizado, traz em si as graças que representa.

Até hoje, a medalha que usamos traz numa face a figura de São Bento, tendo numa das mãos a regra que escreveu, e na outra a Cruz, com a qual operou tantos milagres. Neste lado está escrito: CRUZ DO SANTO PAI BENTO. Na outra face está uma Cruz, e as letras que são as iniciais das frases que compõe a oração:


A cruz sagrada seja a minha luz,
Não seja o dragão meu guia.
Retira-te satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mal o que tu ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!


SÃO BENTO, ROGAI POR NÓS!

Deus abençoe você e sua família!...
Com carinho e orações...
Gina

Fonte principal: Um monge caminha conosco- Ricardo Sá Editora Canção Nova