quinta-feira, 1 de julho de 2010


"Chagas abertas, Coração ferido.
O Sangue de Cristo está entre nós e o perigo!


O mês de julho é tradicionalmente dedicado pela Igreja, ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. Reafirmemos nossa fé no preço da nossa redenção, pois fomos resgatados da nossa vã maneira de viver não por bens perecíveis, como a prata ou o ouro, “mas pelo precioso sangue de Cristo” (cf. I Pd 1, 18).

Adoremos a Jesus, o Seu primeiro Sangue que derramou, ao 8º dia do seu nascimento, na Sua circuncisão, para se cumprir a lei de Moisés (Lc 2, 21). No Horto das Oliveiras, pouco antes de ser entregue, suou sangue no extremo de sua agonia... (Lc 22, 44) Quantas vezes murmuramos contra Deus diante de nossas tribulações, sofrimentos, pelas respostas que não temos, por coisas que não aceitamos... Meditemos sobre a angústia suprema de Jesus e peçamos perdão, pois ainda não temos “resistido até o sangue na luta contra o pecado” (cf. Hb 12, 4).


Em sua flagelação, quando lhe foi rasgada e dilacerada Sua carne, (Jo 19, 1) Seu sangue corria por toda parte e era oferecido ao Pai, em desconto de toda a nossa maldade e egoísmo... Quando foi coroado de espinhos por causa de nossa soberba, maus pensamentos, julgamentos, o sangue jorrou de sua adorável cabeça (Mt 27, 29). Tenhamos o firme propósito de pedirmos o Sangue de Jesus sobre nossa mente, pensamentos, e experimentarmos a sua purificação e proteção...


Levando o lenho da Cruz a caminho do calvário, quanto sangue Jesus derramou!... As ruas de Jerusalém ficaram regadas com Seu sangue... Quantas vezes damos contra testemunho, arrastamos alguém para o caminho errado através de nosso mau exemplo.... Que possamos levar as pessoas para Jesus, não para longe Dele!


Em sua crucificação, Seu sangue foi derramado mais abundantemente quando foram abertas todas as veias e artérias, rebentando-se de suas mãos e pés, como uma torrente de vida eterna para apagar os crimes e iniqüidades de todo o mundo!... Meditemos sobre o que fazemos e que não é agradável ao Senhor, e peçamos a graça de um arrependimento verdadeiro...

Aberto o lado de Jesus e ferido o Seu Sacratíssimo Coração, Deus quis nos mostrar que tudo nos foi dado, que foi derramado todo o Seu sangue por nossa salvação, e que podemos introduzir ali, dentro de Seu coração aberto, todas as nossas misérias ( Jo 19, 34).


Não podemos ter receio de pedir o Sangue de Cristo sobre nós...Nada pode resistir ao Seu Precioso Sangue: nenhuma fraqueza da carne, nem as seduções do mundo, tampouco as tentações do demônio. É como oramos: “Para aquele que crê no poder do Sangue de Jesus, nada é impossível!”


Foi pelo sangue de Cristo que fomos redimidos, satanás foi derrotado e perdeu todo o direito sobre nós! Por isso podemos dizer com toda confiança e alegria, que o Sangue de Cristo está entre nós e todo mal, toda tentação, toda impureza, violência, todo medo, toda enfermidade, TODO E QUALQUER PERIGO!

Que o Sangue de Jesus seja proteção para você e toda sua família!...
Deus te abençoe!
Com carinho e orações...
Gina

terça-feira, 29 de junho de 2010


SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS
(29 de junho)
Estes mártires viram o que pregaram

O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia. Não falamos de mártires desconhecidos. “Sua voz ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do mundo a sua Palavra” (Sl 18, 5). Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade.

São Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: “Por isso eu te digo que tu és Pedro” (Mt 16, 19). Antes, ele havia dito: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16). E Cristo retorquiu: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja” (Mt 16, 18).

Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre a afirmação que fizeste: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, construirei a minha Igreja. Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não é pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.

Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Por que sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16, 19).

Na verdade, quem recebeu estas chaves não foi um único homem, mas a Igreja una. Assim manifesta-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito: “Eu te darei”. A ele era atribuído pessoalmente o que a todos foi dado.

Com efeito, para que saibais que a Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus, ouvi o que, em outra passagem, o Senhor diz a todos os seus apóstolos: “Recebei o Espírito Santo”. E em seguida: “A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhe serão retidos” ( J0 20, 22-23).

No mesmo sentido, também depois da ressurreição, o Senhor entregou a Pedro a responsabilidade de apascentar suas ovelhas. Não que dentre os outros discípulos só ele merecesse pastorear as ovelhas do Senhor; mas quando Cristo fala a um só, quer, deste modo, insistir na unidade da Igreja. E dirigiu-se a Pedro, de preferência aos outros, porque, entre os apóstolos, Pedro é o primeiro.

Não fiques triste, ó apóstolo!Responde uma vez, responde uma segunda, responde uma terceira vez. Vença por três vezes a tua profissão de amor, já que por três vezes o temor venceu a tua presunção. Desliga por amor o que ligaste por temor. E assim, o Senhor confiou suas ovelhas a Pedro, uma, duas, e três vezes.

Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos.


Dos sermões de Santo Agostinho, bispo
Retirado da Liturgia das Horas III