sábado, 31 de julho de 2010


Santo Inácio de Loyola
(31 de julho)
“Pai do Discernimento Espiritual”

Inácio nasceu em 1491 em Loyola, uma cidade da Espanha. Era de uma família nobre e católica, muito orgulhosa de seu passado guerreiro e de sua fidelidade à Coroa Espanhola. Mas, apesar de ter crescido num ambiente católico, Inácio levava uma vida voltada aos prazeres do mundo.

O fato mais importante de sua vida, ocorreu em 20 de maio de 1521, quando participou da batalha de Pamplona contra os franceses. Inácio foi ferido gravemente em uma das pernas. Enquanto se recuperava, fez uma profunda experiência de conversão, descobrindo por si mesmo a importância de guardar seus pensamentos.

Durante a sua permanência no hospital, passava o seu tempo lendo romances sobre heróis românticos, se deleitava com o seu passatempo favorito. Mas, quando se acabaram os romances ele passou a ler a vida dos santos, também de forma prazerosa. Foi então que descobriu a grande diferença. Logo depois de terminar de ler a vida dos heróis, seus pensamentos tornavam-se mórbidos e depressivos, mas após a leitura da vida dos santos, seus pensamentos eram engrandecidos.

Esta foi a compreensão que levou Inácio a desenvolver o seu método de discernimento. Ele ensinou aos seus discípulos a examinarem a origem de seus pensamentos e estabeleceu uma regra de conduta. As anotações que fez de suas experiências, deram origem aos “ Exercícios Espirituais.”Alguns anos depois, Inácio é ordenado sacerdote e neste mesmo ano, segue para Roma com seus companheiros, organizando então, a “Companhia de Jesus”, sendo aprovada pelo Papa Paulo III.

Consagrados para “a maior glória de Deus”, trabalham para salvação do próximo pela pregação, pelas missões, pelos catecismos, pela controvérsia contra os hereges, pela confissão e, sobretudo, pela instrução da mocidade: para sua própria salvação, pela oração interior, o exame de consciência, a leitura especialmente dos “Exercícios Espirituais”, e a comunhão frequente.Morreu em Roma, aos 65 anos de idade.

A exemplo da conversão desse grande santo da nossa Igreja, aprendamos que nossa verdadeira liberdade virá da nossa intimidade com o Senhor. Todo pensamento que não estiver centrado em Cristo, que não faça crescer nossa fé Nele, e nosso amor por Sua Igreja, deve ser rejeitado!...

“Além disto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.” (Cf Fl 4,8)

Que Santo Inácio de Loyola interceda por todos nós!
Deus abençoe você e toda sua família!...
Com carinho e orações...
Gina

quinta-feira, 29 de julho de 2010


Felizes os que mereceram
receber a Cristo em sua casa

As palavras de nosso Senhor Jesus Cristo nos advertem que, em meio à multiplicidade das ocupações deste mundo, devemos aspirar a um único fim. Aspiramos porque estamos a caminho e não em morada permanente; ainda em viagem e não na pátria definitiva; ainda no tempo do desejo e não na posse plena. Mas devemos aspirar, sem preguiça e sem desânimo, a fim de podermos um dia chegar ao fim.

Marta e Maria eram irmãs, não apenas irmãs de sangue, mas também pelos sentimentos religiosos. Ambas estavam unidas ao Senhor; ambas, em perfeita harmonia, serviam ao Senhor corporalmente presente. Marta o recebeu como costumam ser recebidos os peregrinos. No entanto, era a serva que recebia o seu Senhor; uma doente que acolhia Salvador; uma criatura que hospedava o Criador. Recebeu o Senhor para lhe dar o alimento corporal, ela que precisava do alimento espiritual.

O Senhor quis tomar a forma de servo e, nesta condição, ser alimentado pelos servos, por condescendência, não por necessidade. Também foi por condescendência que se apresentou para ser alimentado. Pois tinha assumido um corpo que lhe fazia sentir fome e sede. Portanto, o Senhor foi recebido como hóspede, ele que veio para o que era seu, e os seus não o acolheram. Mas, a todos que o receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,11-12).

Adotou os servos e os fez irmãos; remiu os cativos e os fez co-herdeiros. Que ninguém dentre vós ouse dizer: Felizes os que mereceram receber a Cristo em sua casa! Não te entristeças, não te lamentes por teres nascido num tempo em que já não podes ver o Senhor corporalmente. Ele não te privou desta honra, pois afirmou: Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,40).

Aliás, Marta, permite-me dizer-te: Bendita sejas pelo teu bom serviço! Buscas o descanso como recompensa pelo teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora sejam de pessoas santas. Mas, quando chegares à outra pátria, acaso encontrarás peregrinos para hospedar? Encontrarás um faminto para repartires com ele o pão? Um sedento para dares de beber? um doente para visitar? Um desunido para reconciliar? Um morto para sepultar?

Lá não haverá nada disso. Então o que haverá? O que Maria escolheu: lá seremos alimentados, não alimentaremos. Lá se cumprirá com perfeição e em plenitude o que Maria escolheu aqui: daquela mesa farta, ela recolhia as migalhas da palavra do Senhor. Queres realmente saber o que há de acontecer lá? É o próprio Senhor quem diz a respeito de seus servos: Em verdade eu vos digo: ele mesmo vai fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá (Lc 12,37).

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (Séc.V)


"Pai todo-poderoso, cujo Filho quis hospedar-se em casa de Marta,
concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo."
Santa Marta, rogai por nós!...