sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Sagrada Família,
Jesus, Maria e José 

As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.

Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido. Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.

Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas. Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.

Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.

Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim.

Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.


Que Deus abençoe nossas famílias, pela intercessão da Sagrada Família de Nazaré!
Com carinho e orações...
Gina

 Papa Paulo VI
(Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964)

sábado, 24 de dezembro de 2011


No presépio, hoje!

Três anos antes de sua morte, no Natal do ano de 1223, no povoado de Greccio na Itália, São Francisco quis relembrar a humildade da encarnação do Verbo, representando  o  pobre cenário em que o Filho de Deus  nasceu.

Dizia que queria “lembrar o Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”... O presépio se tornou tradição no mundo inteiro, no tempo do Natal, por causa dessa atitude de São Francisco!

“Oh o Natal! Essa é a festa das festas, dia de alegria e de regozijo, porque um Menino muito amado e muito santo nos foi dado, nasceu por nós, no caminho, e foi posto em um presépio, pois não havia lugar para ele na hospedaria”, disse São Francisco a João Velita, a quem incumbiu de montar o presépio vivo, com um boi e um burro em meio à palha.

”Gostaria de relembrar o nascimento do Senhor de uma forma especialíssima. Desejaria evocar, de maneira viva e realista, os sofrimentos que nosso Senhor teve que suportar por nosso amor”, disse o santo, pedindo à Velita que, ao terminar, convocasse todos os habitantes de Greccio para a  noite feliz.

Conta-se inclusive, que nesta noite aconteceram muitas curas... Os animais, homens e mulheres que padeciam de alguma doença, ao tocarem na palha da manjedoura, eram curados...

Façamos nesta Noite Santa, a experiência de São Francisco... Podemos nos imaginar fazendo parte deste presépio, ao  chegar para ver o Menino que acabou de nascer...Ver Maria e José, os animais, os pastores, os reis magos...

Podemos nos aproximar do Menino Jesus para adorá-Lo...Tocar nas palhas que forram o seu ‘improvisado bercinho’, e até o pegarmos no colo...
Que a contemplação de toda essa singeleza possa tocar  nossos corações a fim de inflamá-lo de um profundo amor a Jesus!


Meus queridos, um santo e Feliz Natal a todos!...
Com carinho e orações...
Gina

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Imaculada Conceição de Nossa Senhora 
(8 de dezembro) 


Ó Virgem, pela tua bênção é abençoada a criação inteira! 


O céu e as estrelas, a terra e os rios, o dia e a noite, e tudo quanto obedece ou serve aos homens, congratulam-se, ó Senhora, porque a beleza perdida foi por ti de certo modo ressuscitada e dotada de uma graça nova e inefável. Todas as coisas pareciam mortas, ao perderem sua dignidade original que é de estar em poder e a serviço dos que louvam a Deus. Para isto é que foram criadas.

Estavam oprimidas e desfiguradas pelo mau uso que delas faziam os idólatras, para os quais não haviam sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, alegram-se, pois são governadas pelo poder e embelezadas pelo uso dos que louvam a Deus.Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria ao sentirem que Deus, seu Criador, não apenas as governa invisivelmente lá do alto, mas também está visivelmente nelas, santificando-as com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do bendito fruto do sagrado seio da Virgem Maria.

Pela plenitude da tua graça, aqueles que estavam na mansão dos mortos alegram-se, agora libertos; e os que estavam acima do céu rejubilam-se renovados. Com efeito, pelo Filho glorioso de tua gloriosa virgindade todos os justos que morreram antes da sua morte vivificante, exultam pelo fim de seu cativeiro, e os anjos se congratulam pela restauração de sua cidade quase em ruínas.

Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ó Virgem bendita e mais que bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!

Deus deu a Maria o seu próprio Filho, único gerado de seu coração, igual a si, a quem amava como a si mesmo. No seio de Maria, formou seu Filho, não outro qualquer, mas o mesmo, para que, por natureza, fosse realmente um só e o mesmo Filho de Deus e de Maria! Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria deu à luz Deus!

Deus que tudo fez, formou-se a si próprio no seio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado. Por conseguinte, Deus é o Pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai da criação universal, e Maria a mãe da redenção universal. Pois Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo. 

Deus gerou aquele sem o qual nada absolutamente existe, e Maria deu à luz aquele sem o qual nada absolutamente é bom. Verdadeiramente o Senhor é contigo, pois quis que toda a natureza reconheça que deve a ti, juntamente com ele, tão grande benefício. 

(Das Meditações de Santo Anselmo, bispo - Séc. XII - Liturgia das Horas)

domingo, 27 de novembro de 2011


Nossa Senhora das Graças
 ou da Medalha Milagrosa
(27 de novembro)

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris, quando a Virgem Santíssima lhe apareceu.

 Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..."
A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ..."

Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós." Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria.O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Esta piedosa medalha,  segundo as palavras do Papa Pio XII,  "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa."


Claro que não devemos pensar na medalha como algo "mágico", desprezando assim nossa responsabilidade na luta contra o pecado, e tudo o que nos possa afastar de Deus!... 
Que pela intercessão de Nossa Senhora das Graças, sejam derramadas abundantes bênçãos sobre você
e toda sua família no dia de hoje!
Com carinho e orações...
Gina


 (fonte: www.evangelhoquotidiano.org)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011


Dez Mandamentos da Serenidade

1- Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema de minha vida toda de uma vez.

2- Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: Delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar ninguém a não ser a mim.

3- Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

4- Só por hoje adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se adaptem a todos os meus desejos.

5- Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida de minha alma.

6- Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

7- Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8- Só por hoje far-me-ei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

9- Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim mesmo como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

10- Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gostar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.


(Beato Papa João XXIII)

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Solenidade de Todos os Santos
(1º de novembro)

...”Céu, lindo céu, é o lugar, onde eu quero viver, pra sempre...”


“Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada ‘o Céu’.
O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva;” segundo o Catecismo da Igreja Católica. O Beato João Paulo II, em 1991, dirigiu-nos estas palavras:

“Hoje, solenidade de Todos os Santos, elevamos o nosso pensamento ao Céu e invocamos com fervor todos aqueles que já goza, no paraíso a eterna felicidade de Deus. São João no livro do Apocalipse afirma ter visto ‘uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de toda nação, raça, povo e língua’ (Apo 7, 9): é esta a imagem celeste da universalidade da Redenção. A visão de São João nos conforta, porque nos faz refletir sobre a infinita Misericórdia do Altíssimo, que preparou para todos os que crêem em Cristo em destino tão inefável.

A liturgia desta Solenidade exprime a suprema certeza da glória eterna, a qual nos foi conquistada por Cristo com Sua Paixão, Morte e ressurreição. Todos aqueles que percorrem a estrada indicada nas bem-aventuranças evangélicas, Deus os chama a uma profunda comunhão consigo. Os santos, de fato, são aqueles que realizaram o programa do discurso da montanha e fizeram-se pobres, humildes, misericordiosos, caridosos, pacientes, puros de coração e operadores de paz por amor do Seu Nome. Assim devemos comportar-nos também nós, se queremos seguir o seu destino de beatitude sem fim.”

Os sofrimentos que vivemos, por mais difíceis que sejam, passam. A felicidade futura, o Céu, é para sempre! Peçamos especialmente neste dia, pela intercessão de Todos os Santos de Deus, que tenhamos um ardente desejo do Céu, e que tudo façamos para alcançá-lo!...
Deus te abençoe!...
Todos os santos de Deus, rogai por nós!

“Penso que os sofrimentos do tempo presente 
não têm proporçãoalguma com a glória futura
 que nos deve ser manifestada.” (Rm 8,18)



Veja mais sobre a Solenidade de Todos os Santos no link:
http://trovatogina.blogspot.com/2010/11/solenidade-de-todos-os-santos-1-de.html

sábado, 22 de outubro de 2011


Beato João Paulo II
(22 de outubro)

 "Não tenhais medo... Abrí, escancarai as portas a Cristo!..."


A Igreja celebra neste sábado, 22 de outubro, a primeira festividade litúrgica do beato João Paulo II, segundo estipulou o Papa Bento XVI em 1º de maio, dia de sua beatificação.

“E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica.” Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu no Domingo da Misericórdia, do ano de 2010, data escolhida para a Beatificação do Papa polonês. Cerca de 1 milhão e meio de peregrinos dirigiram-se a Roma para fazer parte da cerimônia, uma das maiores da história da Igreja.

Karol Wojtyła nasceu em Wadowice na Polônia em 18 de maio de 1920. O papa polonês ficou quase 27 anos à frente da Igreja Católica, o quarto maior pontificado da história. Durante todos esses anos, João Paulo II realizou 102 viagens pelo mundo, publicou 14 encíclicas e recebeu mais de 400 milhões de peregrinos durante audiências e viagens apostólicas. O processo de beatificação do Papa foi aberto um ano após sua morte.

A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia. Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Amém.”  (Trecho da homilia do Papa Bento XVI na beatificação de João Paulo II)


Oremos: Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.


Que Deus abençoe você e sua família, pela  intercessão do Bem-aventurado João Paulo II ...
Com carinho e orações...
Gina


Fonte: www.cancaonova.com

sábado, 15 de outubro de 2011


Santa Teresa de Jesus
(15 de outubro)

Lembremo-nos sempre do amor de Cristo

Com tão bom amigo presente, com tão esforçado chefe, tudo se pode sofrer. Serve de ajuda e dá reforço; a ninguém falta. É amigo verdadeiro. Sempre tenho visto claramente que, para contentarmos a Deus e para que nos faça ele mercês, quer que seja por intermédio desta humanidade sacratíssima, na qual declarou Sua Majestade ter posto suas complacências. 

É o que muitíssimas vezes e muito bem tenho visto por experiência, e também mo disse o Senhor. Tenho compreendido claramente que por esta porta havemos de entrar, se quisermos que nos mostre grandes segredos a soberana Majestade.De modo que não se queira outro caminho, ainda que se esteja no cume da contemplação. Por aqui se vai seguro. É por meio deste Senhor nosso que nos vêm todos os bens.

Ele ensinará o caminho: contemplemos sua vida, porque não há modelo melhor. O que mais queremos, do que ter a nosso lado tão bom amigo, que não nos deixará nos trabalhos e nas tribulações, como fazem os amigos deste mundo?

Bem-aventurado quem o amar de verdade e sempre o trouxer junto de si. Olhemos o glorioso São Paulo de cujos lábios, por assim dizer, não saía senão o nome de Jesus, tão bem gravado o tinha no coração. Desde que entendi isto, tenho considerado atentamente alguns santos, grandes contemplativos, tais como São Francisco, Santo Antônio de Pádua, São Bernardo, Santa Catarina de Sena. 

Com liberdade havemos de andar neste caminho, entregues às mãos de Deus. Se Sua Majestade quiser elevar- nos à categoria de seus íntimos e confidentes dos seus segredos, vamos de boa vontade. Quando pensarmos em Cristo, sempre nos lembremos do amor com que nos concedeu tantas graças e da grande ternura que nos testemunhou em nos dar tal penhor do muito que nos ama, pois amor pede amor.

Procuremos sempre ir considerando estas verdades e estimulando-nos a amar. Porque, uma vez que nos conceda o Senhor a graça de que este amor nos seja impresso no coração, tudo nos será mais fácil: faremos grandes coisas muito depressa e com pouco trabalho.


Das Obras de Santa Teresa de Jesus   (Séc. XVI)
Liturgia das Horas


quarta-feira, 12 de outubro de 2011



 Consagração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem querida de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios da vossa misericórdia,

prostrado a vossos pés, consagro-vos o entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a língua para que sempre vos louve e propague vossa devoção; consagro-vos o coração para que depois de Deus vos ame sobre todas as coisas.

Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas, acolhei-nos debaixo de vossa proteção; socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e temporais, e sobretudo na hora de nossa morte.

Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja!



terça-feira, 4 de outubro de 2011


Oração de São Francisco


Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém.


São Francisco de Assis
(4 de outubro)

Devemos ser simples, humildes e puros

O Pai Altíssimo anunciou a vinda do céu do tão digno, tão santo e glorioso Verbo do Pai, através de seu santo, Gabriel, à santa e gloriosa Virgem Maria, em cujo seio recebeu a verdadeira carne de nossa humanidade e fragilidade. Ele quis, no entanto, sendo incomparavelmente mais rico, escolher a pobreza junto com a sua santíssima mãe.

Nas vésperas de sua paixão, celebrou a Páscoa com os discípulos. Depois, orou ao Pai dizendo: Pai, se for possível, afaste-se de mim este cálice (Mt 26,39). Pôs, contudo, sua vontade na vontade do Pai. E a vontade do Pai era que seu Filho bendito e glorioso, dado a nós e nascido para nós, se oferecesse em sacrifício e vítima no altar da cruz, pelo seu próprio sangue. Sacrifício não para si, por quem tudo foi feito, mas por nossos pecados, deixando-nos o exemplo para lhe seguirmos as pegadas (cf. 1Pd 2,21).

 E quer que todos nos salvemos por ele e o acolhamos com coração puro e corpo casto. Ó como são felizes e benditos aqueles que amam o Senhor e fazem o que o mesmo Senhor diz no evangelho: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e ao próximo como a ti mesmo! (Lc 10,27). Amemos, portanto, a Deus e adoremo-lo com coração puro e mente pura porque, acima de tudo, disto está ele à procura e diz: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade (Jo 4,23).

É necessário que todos que o adoram, o adorem no espírito da verdade. E dia e noite elevemos para ele louvores e orações, dizendo: Pai nosso que estás nos céus (Mt 6,9); porque é preciso orar sempre e não desfalecer (cf. Lc 18,1). Além disto, produzamos dignos frutos de penitência (cf. Mt 3,8). E amemos os próximos como a nós mesmos. Tenhamos caridade e humildade e façamos esmolas, já que estas lavam as almas das nódoas dos pecados.

 Os homens perdem tudo o que deixam neste mundo. Levam consigo somente a paga da caridade e as esmolas que fizeram: delas receberão do Senhor o prêmio e a justa recompensa. Não nos convém sermos sábios e prudentes segundo a carne, mas temos antes de ser simples, humildes e puros. Jamais desejemos ficar acima dos outros, mas prefiramos ser servos e submissos a toda criatura humana, por causa de Deus.

Sobre todos os que assim agirem e perseverarem até o fim repousará o Espírito do Senhor e fará neles sua casa e mansão. Serão filhos do Pai celeste, pois fazem suas obras, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo.


Da Carta a todos os fiéis, de São Francisco de Assis (Séc.XIII)
Liturgia das Horas

domingo, 2 de outubro de 2011

Santos Anjos da Guarda
(2 de outubro)

Eles te guardem em todos os teus caminhos

A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos (Sl 90,11). Louvem o Senhor por sua misericórdia e suas maravilhas para com os filhos dos homens. Louvem e proclamem às nações que o Senhor agiu de modo magnífico a favor deles. Senhor, que é o homem para que assim o conheças? Ou por que inclinas para ele teu coração? Aproximas dele teu coração, enches-te de solicitude por sua causa, cuidas dele.

Enfim, a ele envias o teu Unigênito, infundes o teu Espírito, prometes até a visão de tua face. E para que nas alturas nada falte no serviço a nosso favor, envias os teus santos espíritos a servir-nos, confias-lhes nossa guarda, ordenas que se tornem nossos pedagogos. A teu respeito, ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos.

Esta palavra quanta reverência deve despertar em ti, aumentar a gratidão, dar confiança. Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui, portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para proteger, para te serem úteis. Na verdade, embora enviados por Deus, não nos é lícito ser ingratos para com eles, que com tanto amor lhe obedecem e em tamanhas necessidades nos auxiliam.

Sejamos-lhes fiéis, sejamos gratos a tão grandes protetores; paguemos-lhes com amor; honremo-los tanto quanto pudermos, quanto devemos. Prestemos, no entanto, todo o nosso amor e nossa honra àquele que é tudo para nós e para eles; de quem recebemos poder amar e honrar, de quem merecemos ser amados e honrados. Assim, irmãos, nele amemos com ternura seus anjos como futuros co-herdeiros nossos, e enquanto esperamos nossos intendentes e tutores dados pelo Pai como nossos guias.

Porque agora somos filhos de Deus, embora não se veja, pois ainda estamos sob tutela quais meninos que em nada diferem dos servos. Aliás, mesmo assim tão pequeninos e restando-nos ainda uma tão longa, e não só tão longa, mas ainda tão perigosa caminhada, que temos a temer com tão poderosos protetores?

Eles não podem ser vencidos, nem seduzidos, e ainda menos seduzir, aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, são prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos, unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu.


Oremos: Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos Anjos para guardar-nos,concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Dos Sermões de São Bernardo, abade (Séc.XII)
Liturgia das Horas


Veja a carta que São Pio escreveu sobre o Anjo da Guarda neste link: http://trovatogina.blogspot.com/2010/10/santos-anjos-da-guarda-2-de-outubro-vou.html

sábado, 1 de outubro de 2011


Santa Teresinha do Menino Jesus
(1º de outubro)


“Sinto, sobretudo, que minha missão vai começar, minha missão de fazer amar o Bom Deus como eu o amo, de indicar às almas minha pequena trilha. Se o bom Deus atender meus desejos, meu céu se passará na terra, até o fim do mundo. Sim, quero passar meu céu a fazer o bem na terra.”

 Origem da Novena das Rosas

O Rev. Padre Putingan, SJ, no dia 3 de dezembro de 1925, começou uma novena em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, pedindo à milagrosa santa uma graça importante. Nesta intenção começou a rezar, durante a novena, 24 Glória ao Pai, em ação de graças à Santíssima Trindade, pelos favores e graças concedidos a Santa Teresa do Menino Jesus durante os 24 anos de sua existência terrena.

Pediu o padre a Santa Teresinha que lhe desse um sinal de que a novena era ouvida, e este sinal seria receber uma rosa fresca e desabrochada. No terceiro dia da novena uma amiga procura o Padre Putigan e lhe oferece uma rosa vermelha.

No dia 24 do mesmo mês o padre começou uma segunda novena e pediu uma rosa branca. No quarto dia da novena, uma irmã, enfermeira do hospital, trouxe uma linda rosa branca dizendo: "Aqui está uma rosa que Santa Teresinha envia a V. Revma."

Surpreendido, pergunta o padre: "Donde vem esta rosa"? "Fui à capela onde se acha adornada uma bela imagem de Santa Teresinha, diz a freira, e, ao aproximar-me do altar da Santinha, caiu ao meus pés esta rosa. Quis colocá-la de novo na jarra, mas me lembrei de trazê-la a V. Revma."

O Padre Putingan, alcançadas as graças pedidas na novena, resolveu propagá-la, formando uma cruzada de orações em honra de Santa Teresinha.

Assim, no dia 9 a 17 de cada mês, todas as pessoas que desejarem fazer a novena dos 24 Glória ao Pai unem as suas intenções às das pessoas que, na mesma época, fazem a dita novena, e se estabelece, desta maneira, uma bela comunhão de orações.

Novena

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e pelos méritos de tão querida santinha, concedei-me a graça que ardentemente vos peço (pedir a graça...),  se for conforme a vossa santíssima vontade e para salvação de minha alma.


Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida.

Glória ao Pai... (24 vezes)
Ave-Maria... Pai Nosso...
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!




(origem da Novena) - fonte: Devocionário a Santa Teresinha- Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

São Jerônimo
(30 de setembro)

Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo

Pago o que devo, obediente aos preceitos de Cristo que diz: Perscrutai as Escrituras (Jo 5,39); e: Buscai e achareis (Mt 7,7). Assim que não me aconteça ouvir com os judeus: Errais, sem conhecer as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22,29). Se, conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo. 


Daí que eu imite o pai de família que de seu tesouro tira coisas novas e antigas. E a esposa, no Cântico dos Cânticos, que diz: Coisas novas e antigas, irmãozinho meu, guardei para ti (cf. Ct 7,14 Vulg.). E explicarei Isaías ensinando a vê-lo não só como profeta, mas ainda como evangelista e apóstolo. Ele próprio falou de si e dos outros evangelistas: Como são belos os pés daqueles que evangelizam boas novas, que evangelizam a paz (Is 52,7). 


E também Deus lhe fala como a um apóstolo: Quem enviarei, e quem irá a este povo? E ele respondeu: Eis-me aqui, envia-me (cf. Is 6,8). Ninguém pense que desejo resumir em breves palavras o conteúdo deste livro,pois esta escritura contém todos os mistérios do Senhor, falando do Emanuel, o nascido da Virgem, o realizador de obras e sinais estupendos, o morto e sepultado, o ressurgido dos infernos e o salvador de todos os povos. 

Que direi de física, ética e lógica? Tudo o que há nas santas Escrituras, tudo o que a língua humana pode proferir e uma inteligência mortal receber, está contido neste livro. Atesta esses mistérios quem escreveu: Será para vós a visão de todas as coisas como as palavras de um livro selado; se é dado a alguém que saiba ler, dizendo-lhe: Lê isto, ele responderá: Não posso, está selado. 

E se for dado a quem não sabe ler e se lhe disser: Lê, responderá: Não sei ler (Is 29,11-12). E se alguém parecer fraco, ouça as palavras do mesmo Apóstolo: Dois ou três profetas falem e os outros julguem; mas se a outro que está sentado algo for revelado, que se cale o primeiro (1Cor 14,32). Como podem guardar silêncio, se está ao arbítrio do Espírito, que fala pelos profetas, o calar-se e o falar? 

Se na verdade compreendiam aquilo que diziam, tudo está repleto de sabedoria e de inteligência. Não era apenas o ar movido pela voz que chegava a seus ouvidos, mas Deus falava no íntimo dos profetas, segundo outro Profeta diz: O anjo que falava a mim (cf. Zc 1,9), e: Clamando em nossos corações, Abba, Pai (Gl 4,6), e: Ouvirei o que o Senhor Deus disser em mim (Sl 84,9). 


São Jerônimo, presbítero (Séc.V) 
Liturgia das Horas

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


São Miguel, São Gabriel, e São Rafael
 Arcanjos
(29 de setembro)
  
Arcanjos, para vós
um canto de vitória,
porque no céu reinais,
imensa é a vossa glória.

Miguel, invicto príncipe
da corte celestial,
firmai-nos, com mão fúlgida,
na graça divinal.

Do máximo mistério
arauto, ó Gabriel,
guiai-nos nos caminhos
da luz que vem do céu.

Conosco, ó Rafael,
à pátria caminhai.
Aos corpos dai saúde,
as mentes libertai.

Vós, anjos, ajudai-nos
nas sendas que trilhamos.
De vosso eterno gozo
consortes nós sejamos.

Ao Pai Supremo, ao Filho,
e ao Consolador
a honra eternamente
num hino de louvor.



Oremos: Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos Anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


(Liturgia das Horas)