sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal do Senhor

“Para que o homem suba às sumas alturas,
Desce Deus do céu para as criaturas...”

Que feliz notícia nos trouxe o anjo: “Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: Hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor”( Lc 2, 10-11).Um recém nascido em uma humilde gruta devolve a dignidade a toda vida que nasce, dá esperança a quem se encontra na dúvida e desolação. Ele veio, segundo nosso saudoso Papa João Paulo II :

para curar as feridas da vida, e, inclusive, dar sentido à morte. Naquele Menino, humilde e indefeso, que chora numa gruta fria e nua, Deus destruiu o pecado... Abri o coração Àquele que nada nos tira a não ser o pecado, e, em contrapartida, nos dá em plenitude humanidade e alegria.”

Não tenhamos medo de abrir nossos corações ao amor de Deus e aos irmãos, pois Jesus nos mostra como fazê-lo, como é preciso sermos pequenos, humildes, para socorremos uns aos outros. Jesus veio nos ensinar que somente quando nos doamos e fazemos os outros felizes é que, conquistaremos nossa própria felicidade e, celebraremos verdadeiramente o Natal, pois ninguém pode ser feliz sozinho!

se estamos unidos, Jesus está entre nós! E isto vale muito mais do que qualquer outro tesouro que possamos possuir... Assim teremos um Natal permanente em nossas vidas. Contemplemos hoje Jesus menino, e sintamos toda a alegria de Seu nascimento sobre todas as situações de nossas vidas!...

Que possamos experimentar nossa esperança revigorada, o amor transbordante em nós para todos!... Porque “O Verbo se fez Carne, e habitou entre nós!”

Rezemos com toda a Igreja:
"Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do Vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade..."


Que haja paz na terra, e em nossos corações!
Um Feliz e santo Natal a todos!...
Gina

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


O mundo inteiro espera
a resposta de Maria



Ouviste, ó Virgem, que vais conceber e dar à luz um filho, não por obra de homem, tu ouviste, mas do Espírito Santo. O anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar para Deus que o enviou. Também nós, Senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos tua palavra de misericórdia.


Eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Todos fomos criados pelo Verbo eterno, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida.


Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado a teus pés.


E não é sem razão, pois de tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, enfim, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça.


Apressa-te, ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao anjo, ou melhor, responde ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra; profere tua palavra e concebe a Palavra de Deus; dize uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna.


Por que demoras? Por que hesitas?Crê, consente, recebe. Que tua humildade se encha de coragem, tua modéstia de confiança. De modo algum convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência.Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessário é agora mostrar tua piedade pela palavra.


Abre, ó Virgem Santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah! se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! Levanta-te, corre, abre.


Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra ( Lc 1, 38 ).


Queridos irmãos e irmãs, o Senhor também aguarda o nosso "sim", em cada situação que vivemos!...Não tenhamos medo dessa entrega, pois a exemplo de Nossa Senhora, o impossível também se fará em nossas vidas!...
Deus te abençoe e te sustente!...
Com carinho e orações...
Gina


(Das Homilias em louvor da virgem Mãe, de São Bernardo, abade - Séc XII )

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


O verbo de Deus virá a nós


Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber.

Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3, 6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12, 10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.

Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.Mas, para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele (cf. Jo 14,23). Lê-se também noutro lugar: Quem teme a Deus, faz o bem (Eclo 15,1).

Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós (Sl 118,11).

Guarda, pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e sua alma se deleitará na fartura.

Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça, mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas.

Graças a essa vinda, como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste (1Cor 15, 49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda a humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará.


Dos Sermões de São Bernardo, abade
Liturgia das Horas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


Solenidade da Imaculada
Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
(8 de dezembro)


Para ser a Mãe do Salvador, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função”. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria “cumulada de graça” por Deus ( Lc 1, 28 ), foi redimida desde a concepção.É isto que confessa o dogma da Imaculada Conceição , proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:

“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original”.

Esse dogma foi confirmado pela própria Virgem Maria em Lourdes, quatro anos depois, quando disse, em 1858, à menina Bernadete: “Eu sou a Imaculada Conceição!”.

Existe uma oração muito antiga na Igreja, pela qual é honrada a Imaculada Conceição de Maria: trata-se do “ofício da Imaculada Conceição”, que foi escrito antes da definição do dogma, na Itália, no século XV, por Bernardino de Bustis, com a aprovação do Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido por Pio IX em março de l876. Uma antiga tradição diz que Nossa Senhora se ajoelha no céu quando alguém reza este ofício.

Nos alegrando com essa verdade da nossa fé, vamos entregar à nossa Mãe todas as nossas necessidades. Também em momentos de tentações, tribulações, podemos com grande confiança pedir: Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

Oremos: Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais: ponde Senhora em mim os olhos de vossa piedade, e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida, alcançar o premio da bem-aventurança. Pelo merecimento de Vosso benditíssimo Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, que com o Pai vive e reina para sempre. Amém.


Deus te abençoe e te sustente, pela especial intercessão da Virgem Imaculada Mãe de Deus!...
Com carinho e orações...
Sua irmã em Cristo
Gina


*Fonte Principal:CIC ( Catecismo da Igreja Católica)
Ofício da Imaculada Conceição

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


SANTA BIBIANA
(2 de dezembro)



Neste mês de dezembro, comemoramos com muita alegria a festa de Santa Bibiana (virgem e mártir), padroeira de nossa paróquia. Santa Bibiana passou a ser invocada contra todos os males da cabeça e problemas psíquicos (enxaqueca, vícios, epilepsia).

Eis algumas de suas frases:

Fortalecei-nos, Senhor, com a Vossa graça, para que sejam confundidos os Vossos inimigos!”

“Os ornatos preciosos, as valiosas jóias assentam mais e melhor nos outros que em mim, que não devo agradar os homens, mas, unicamente a Deus!”

“Desde a minha infância minha vida foi consagrada a Jesus Cristo, meu coração a Ele pertence. Prefiro meu corpo ser queimado vivo antes que venha trair o meu Deus e meu coração cometa tamanho crime! Honro o meu Deus vivo e verdadeiro e sigo os seus mandamentos, e não os desejos de homens perversos!”

“Certa estou de que faço a vontade do meu Deus. E que, se lhe agrada que tu castigues o meu corpo, para o bem de minha alma, a Ele pertenço, não Lhe pedirei outra coisa, a não ser um coração repleto de paciente fortaleza!”

“Meu Senhor Jesus Cristo, Vós que derramastes tanto sangue no Vosso corpo mortal para a minha salvação, recebei estas poucas gotas do meu sangue que Vos apresenta esta humilde serva. Se não Vos servi como devia, perdoai as minhas fraquezas. Fazei-me vencer os Vossos inimigos, confundi os adoradores dos ídolos. E, ao Vosso santo nome, caiam todos os poderes do mundo!”

O ‘sangue dos mártires’ é verdadeiramente ‘sementes de novos cristãos’!... Que a exemplo de Santa Bibiana, possamos crescer na fé e fidelidade a Jesus Cristo e a Sua Igreja. Que o seu martírio possa nos encorajar a desejarmos cada vez mais, a força do testemunho em nossas vidas!...


Oremos: Gloriosa virgem e mártir, Santa Bibiana, que soubestes corresponder tão bem à educação cristã recebida no seio familiar e que, pelo exemplo dos vossos santos pais, encontrastes forças para defender com heroísmo cristão a verdadeira fé, inabalável aos cruéis tormentos que sofreste, dirigi a nós vosso compassivo olhar. Ó Santa Bibiana, pelo martírio provastes vosso amor a Jesus Cristo e és venerada como protetora das pessoas que tem males da cabeça, e ao rezarmos esta oração vos pedimos que por vossa intercessão, o Senhor Todo poderoso nos abençoe e proteja. Que Seu olhar misericordioso nos dê a paz e serenidade. Derrame sobre nós copiosas graças e depois desta vida, aceite-nos no céu em vossa companhia e de todos os santos. Amém


Deus te abençoe e a toda sua família, pela intercessão de nossa padroeira, Santa Bibiana!...
Com carinho e orações...
Gina

Santa Bibiana, rogai por nós!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Santa Cecília
Padroeira dos Músicos
(22 de novembro)

"Permiti Senhor, que o meu coração
e o meu corpo permaneçam imaculados!"


O culto de Santa Cecília, que deu o nome a uma basílica construída em Roma no século V, difundiu-se amplamente a partir da narração do seu Martírio em que ela é exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, que abraçou a virgindade e sofreu o martírio por amor de Cristo.


Cantai a Deus com arte e com júbilo


Louvai o Senhor com a cítara, na harpa de dez cordas Salmodiai! Cantai-lhe um cântico novo!(Sl 32,2.3). Despojai-vos da velhice; conhecestes um cântico novo! Novo homem, nova aliança, novo cântico. O cântico novo não pertence aos homens velhos.

Somente o aprendem os homens novos, renovados da velhice pela graça e já pertencentes à nova aliança, que é o reino dos céus. Por ele anseia todo o nosso amor e canta um cântico novo. Cante o cântico novo não a língua mas a vida. Cantai-lhe um cântico novo, cantai bem para ele! Alguém pergunta como cantar para Deus.

Canta para ele, mas não cantes mal. Ele não quer que seus ouvidos sejam molestados. Cantai bem, irmãos. Diante de um musicista de bom ouvido, dizem-te para cantar de modo que lhe agrade. Ora se não foste instruído na arte musical, temes cantar para não desagradar ao artista. Não sabendo que és ignorante, ele te repreenderá.

Quem se oferecerá para cantar bem a Deus, a ele que de tal modo julga o cantor, de tal modo examina tudo, de tal modo sabe escutar? Quando poderás apresentar um canto com tanta arte que absolutamente em nada desagrades aos ouvidos perfeitos?

Eis que ele te dá um modo de cantar: não procures palavras, como se pudesses explicar aquilo com que Deus se deleita. Canta na jubilação. É isto cantar bem para Deus, cantar na jubilação.

O que é cantar no júbilo? Escuta, não se pode expressar por palavras aquilo que se canta no coração. De fato, aqueles que cantam seja na ceifa, seja na vinha, seja em qualquer outro trabalho cheio de ardor, começam com palavras de cantigas a exultar com alegria; depois, a alegria é tanta que já não podem dizê-la, então abandonam as sílabas das palavras e deixam-se levar pelo som do júbilo.

Júbilo é um som a significar que do coração brota algo impossível de se expressar. E quem merece esta jubilação, a não ser o Deus inefável? É inefável o que não podes falar. E se não o podes falar e não deves calar-te, o que te resta senão jubilar? Alegre-se o coração sem palavras, e a imensidão das alegrias não conheça o limite das sílabas. Cantai para ele com arte e com júbilo (cf. Sl 32,3).

Oremos: Ó Deus, sede favorável às nossas súplicas e dignai-vos atender às nossas preces pela intercessão de Santa Cecília. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Santa Cecília, rogai por nós!


Santo Agostinho (Séc.V)
Liturgia das Horas


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Solenidade de Todos os Santos
(1º de novembro)

Para que louvar os santos, para que glorificá-los?Para que, enfim, esta solenidade?Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica?De que lhes servem nossos elogios?

Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem dúvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.

Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exército dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos.

A assembléia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos. Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressuscitemos com Cristo.

Busquemos as realidades celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejamos aqueles que nos desejam. Apressemo-nos ao encontro daqueles que nos aguardam. Antecipemo-nos pelos votos do coração aos que nos esperam. Seja-nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade.

Cobicemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa a paixão pela glória deles. O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória.

Enquanto isto não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas com os espinhos de nossos pecados. É uma vergonha fazer-se membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria.

Será sinal de honra quando Cristo vier e não mais se proclamará sua morte, e saberemos que nós estamos mortos com Ele, e com Ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela refulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, configurando-o à glória da Cabeça, que é Ele mesmo.

Com inteira e segura ambição cobicemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito espera-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua intercessão.


Dos Sermões de São Bernardo
Liturgia das Horas IV

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

São Lucas Evangelista
(18 de outubro)



Nascido numa família pagã e convertido à fé, acompanhou o apóstolo Paulo, de cuja pregação é reflexo o Evangelho que escreveu. Transmitiu noutro livro, intitulado Atos dos Apóstolos, os primeiros passos da vida da Igreja até à primeira estadia de Paulo em Roma.

Cantemos em São Lucas a vitória
Do mestre da palavra cristalina,
Que acompanhou São Paulo e teve a glória
De ouvir sua doutrina.

Evangelista do Divino Infante,
Da Virgem Mãe e do perdão de Deus,
Do Verbo feito homem caminhante
E da Ascensão aos Céus;

Fez a história da Igreja primitiva,
Onde crepitam, límpidas e ardentes,
As labaredas da fogueira viva
No coração dos crentes.

Médico santo, esteja à nossa beira,
Para, junto de nós, nos confortar,
Quando, ao bater da hora derradeira,
Deus a Si nos chamar.

Ao Pai do Céu se eleve o nosso canto,
Louvor e glória a Cristo Redentor,
Bendigamos no mesmo hino de amor
O Espírito Santo.

Oremos: Senhor nosso Deus, que escolhestes São Lucas para revelar com a sua palavra e os seus escritos o mistério do vosso amor pelos pobres, fazei que sejam um só coração e uma só alma aqueles que se gloriam no vosso nome e todos os povos mereçam ver a vossa salvação. Por Nosso Senhor.

Que Deus nos abençoe no dia de hoje, pela intercessão de São Lucas, em especial a todos os médicos!...
Com carinho e orações...
Gina

(Liturgia das Horas - laudes)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Santa Teresa de Jesus
(15 de outubro)


Santa Teresa de Jesus nasceu em Ávila, Espanha, em 28 de março de 1515. Sua mãe faleceu quando tinha 12 anos, e ela se consagrou aos cuidados maternais da Virgem Maria.Por duas vezes esteve gravemente enferma, mas foi justamente a doença que a fez perceber sua vontade de abandonar as coisas desde mundo de forma radical, e servir a Deus na solidão do claustro.

Aos 19 anos deixou sua casa e entrou para a Ordem das Carmelitas, em sua cidade mesmo. As freiras desse convento tinham relaxado na observância da Regras, e viviam como as pessoas mundanas. Durante o tempo de noviciado, chegou a ter desejo de desistir de tudo, mas não lhe faltou a graça de Nosso Senhor e a presença de Maria.

Profunda era a dor que sentia pelos pecados cometidos e dolorosas as penitências que fazia. Depois da leitura do livro Confissões, de Santo Agostinho, pensou como exprimiu mais tarde, que estava vendo a si própria. Este santo revelou à Teresa a estrada de seu destino: a santidade.

Em visões, o Senhor lhe mostrou o lugar no inferno, que seria seu, se continuasse a trilhar os caminhos da vaidade e dos prazeres do mundo. Resolve estabelecer a Regra Carmelita, em todo o seu rigor original, resgatando a vida de oração, os valores evangélicos, e as Regras da Ordem. Foi responsável direta pela fundação de 32 mosteiros e pela reforma de tantos outros. Sob a influência de Santa Teresa, a reforma se espalhou aos frades carmelitas, sendo São João da Cruz, o mais notável entre eles.

Santa Teresa é o exemplo clássico de alguém que uniu a vida de contemplação religiosa a uma atividade intensa e eficiente. Tinha um bom senso com as coisas práticas; não descuidava da parte econômica, dizia: “Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência!

Suas obras mais importantes são: Vida; caminho da Perfeição, Livro de Fundações; e o Castelo Interior, obra que, mais que qualquer outra, fez de Santa Teresa doutora da vida espiritual. Muito marcantes foram as suas experiências místicas. Elas transformaram profundamente sua vida interior. Provavelmente, a maior experiência com a graça que ela teve foi ter tido o coração verdadeiramente transpassado.

Em sua biografia, Santa Teresa relata que conversou com um anjo, e um fogo penetrou seu coração como uma lança ou espada e a deixou repleta do grande amor de Deus. Depois de sua morte, quando seu corpo foi submetido a exames, descobriram que ela tinha uma perfuração no coração.

O coração da santa agora se encontra dentro de um relicário de vidro, no Convento Carmelita de Alba de Tormes. A Ordem Carmelita comemora a festa da Transverbação do Coração de Santa Teresa, em 27 de agosto. Morreu em 1582, e foi proclamada santa em 1622. O Papa Paulo VI em 1970 reconheceu-lhe o título de doutora da Igreja, a primeira mulher a receber esta honra
.


Nada te perturbe...
"Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Deus não muda,
A paciência tudo alcança;
Quem a Deus tem
Nada lhe falta:
Só Deus basta.

Eleva o pensamento,
Ao céu sobe,
Por nada te angusties,
Nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue
Com peito grande,
E, venha o que vier,
Nada te espante.
Vês a glória do mundo?
É glória vã;
Nada tem de estável,
Tudo passa.
Aspira às coisas celestes,
Que sempre duram;
Fiel e rico em promessas,
Deus não muda.

Ama-O como merece,
Bondade imensa;
Mas não há amor fino
Sem a paciência.
Confiança e fé viva
Mantenha a alma,
Que quem crê e espera
Tudo alcança.
Do inferno acossado
Muito embora se veja,
Burlará os seus furores
Quem a Deus tem.
Advenham-lhe desamparos,
Cruzes, desgraças;
Sendo Deus o seu tesouro,
Nada lhe falta.

Ide, pois, bens do mundo,
Ide, ditas vãs;
Ainda que tudo perca,
Só Deus basta!"


Fique na paz do Senhor!...
Santa Teresa de Jesus rogai por nós!...

domingo, 10 de outubro de 2010


Nossa Senhora
Da Conceição Aparecida
Padroeira do Brasil

(12 de outubro)

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado
concebida! Viva a Virgem Imaculada,
a Senhora Aparecida!”


Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe.

Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça.

Ao confessar-se serva do Senhor (Lc 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência.

Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora. Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II:

“A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”.

Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização?

Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo.

De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade, são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica.

Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade.

Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos.

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz,segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5).

E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.

Da Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida,
do Papa João Paulo II (Séc.XX)
Liturgia das Horas

Deus abençoe você e toda sua família, pela intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida!...
Gina

sábado, 2 de outubro de 2010


Santos Anjos da Guarda
(2 de outubro)


“Vou enviar um anjo diante de ti, para te proteger e para te conduzir ao lugar que te preparei. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas: pois ele não vos perdoaria vossa falta, porque meu nome está nele. Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que eu te disse, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários."
(Ex 23,20-22)



“Que o teu anjo da guarda vele por ti, seja o condutor que te guia pelo áspero caminho da vida. Que te proteja sempre na graça de Jesus, que te ampare com suas mãos. Que te proteja sob suas asas de todos os assédios do mundo, do demônio e da carne.

Deves muita devoção a esse bondoso anjo. Como é bom pensar que temos um espírito perto de nós, um espírito que, do berço até o túmulo, não nos deixa um só instante, nem mesmo quando ousamos pecar! Esse espírito celeste nos guia, nos protege como um amigo, como um irmão.

Também é bom saber que esse anjo ora por nós sem cessar, oferece à Deus todas as boas ações e obras que fazemos, nossos pensamentos, nossos desejos, quando estes são puros. Não devemos nos esquecer desse companheiro invisível, sempre presente, sempre pronto a nos ouvir, e mais pronto ainda a nos consolar.

Ó sublime intimidade, ó bem-aventurada companhia, se soubéssemos compreendê-la! Deves conservá-lo sempre diante dos olhos da mente: lembra-te com freqüência da presença desse anjo, agradece-lhe, dirige a ele as tuas orações, sê para ele um bom companheiro. Abre-te e confia a ele os teus sofrimentos, sem receio de ofender a pureza do seu olhar.

Tem consciência de sua presença e guarda-a bem na mente. Ele é tão delicado, tão sensível. Volta-te para ele nas horas de suprema angústia e experimentará seus efeitos benéficos. Nunca diga que estás sozinho nas lutas contra os inimigos. Nunca digas que não tens uma alma à qual podes te abrir e confiar-te. Seria um grande erro contra esse mensageiro celeste.”


Carta de São Pio de Pietrelcina a uma filha espiritual,
e para cada um de nós, hoje!...
Fique com Deus e o auxílio de Seus santos anjos!...
Com carinho e orações...
Gina


Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine.
Amém.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Santa Teresinha do Menino Jesus
Virgem e Doutora da Igreja
(1º de outubro)

No coração da Igreja serei o amor


Meus imensos desejos me eram um autêntico martírio. Fui, então, às cartas de São Paulo a ver se encontrava uma resposta. Meus olhos caíram por acaso nos capítulos doze e treze da Primeira Carta aos Coríntios.
No primeiro destes, li que todos não podem ser ao mesmo tempo apóstolos, profetas, doutores, e que a Igreja consta de vários membros; os olhos não podem ser mãos ao mesmo tempo. Resposta clara, sem dúvida, mas não capaz de satisfazer meu desejo e dar-me a paz.

Perseverei na leitura sem desanimar e encontrei esta frase sublime: Aspirai aos melhores carismas. E vos indico um caminho ainda mais excelente (1Cor 12,31). O Apóstolo esclarece que os melhores carismas nada são sem a caridade, e esta caridade é o caminho mais excelente que leva com segurança a Deus. Achara enfim o repouso.

Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me o eixo de minha vocação. Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração e este coração está inflamado de amor.

Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue.

Percebi e reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei:

Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará.

Oremos:
Ó Deus, que preparais o vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Deus o (a) abençoe e derrame sobre você e sua família, uma "chuva"
de rosas, pela intercessão de Santa Teresinha!...
Com carinho e orações...
Gina


Da Autobiografia de Santa Teresa do Menino Jesus (Séc.XIX)
Liturgia das Horas


terça-feira, 28 de setembro de 2010


São Miguel, São Gabriel,
São Rafael,Arcanjos
(29 de setembro)


É preciso saber que a palavra anjo indica o ofício, não a natureza. Pois estes santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre podem ser chamados anjos, porque somente são anjos quando por eles é feito algum anúncio.

Aqueles queanunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.Foi por isto que à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer, mas o arcanjo Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o máximo anjo para anunciar a máxima notícia.

Por este motivo também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo, seu poder na ação. Naquela santa cidade, onde há plenitude da ciência pela visão do Deus onipotente, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros. Mas quando vêm até nós para cumprir uma missão, trazem também entre nós um nome derivado desta missão.

Assim Miguel significa: “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força de Deus”; e Rafael, “Deus cura”. Todas as vezes que se trata de grandes feitos, diz-se que Miguel é enviado, porque pelo próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus quer destacar.

Por isto, o antigo inimigo, que por soberba cobiçou ser igual a Deus,dizendo: Subirei ao céu, acima dos astros do céu erguerei meu trono, serei semelhante ao Altíssimo ( cf. Is 14,13-14), no fim do mundo, quando será abandonado às próprias forças para ser destruído no extremo suplício, pelejará com o arcanjo Miguel, como diz João: Houve uma luta com Miguel arcanjo (Ap 12,7).

À Maria é enviado Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele quese dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar.Portanto devia ser anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate. Rafael, como dissemos, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar, com justiça se chamou “Deus cura”!



São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate; sede o nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio! Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai ao inferno Satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas.Obtende-nos do Senhor um espírito de sincera humildade, a fim de que a soberba que perdeu Lúcifer, não nos venha perder também no inferno. E depois da nossa morte, apresentai a Deus as nossas almas, para que entrem no eterno gozo. Amém.

São Gabriel Arcanjo
Vós, anjo da encarnação, mensageiro fiel de Deus, abri os nossos ouvidos para que possamos captar até as mais suaves sugestões e apelos de graça emanados do coração amabilíssimo de Nosso Senhor. Nós vos pedimos que fiqueis sempre junto de nós para que, compreendendo bem a palavra de Deus e Suas inspirações, saibamos obedecer-lhe, cumprindo docilmente aquilo que Deus quer de nós. Fazei que estejamos sempre disponíveis e vigilantes e que o Senhor, quando vier, não nos encontre dormindo! Amém.

Ficai conosco, ó Arcanjo Rafael, chamado ‘medicina de Deus’! Afastai para longe de nós as doenças do corpo, da alma e do espírito, e trazei-nos saúde e toda a plenitude de vida prometida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Deus te abençoe e a toda sua casa, pela intercessão dos santos arcanjos! Confie em seu auxílio, peça sempre sua assistência e proteção!...
Com carinho e orações...
Gina


São Gregório Magno (Séc.VI)
Liturgia das Horas

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


São Pio de Pietrelcina
23 de setembro

Francesco Forgione nasceu em Pietrelcina, província de Bevenento, Itália, no dia 25 de maio de 1887. Cresceu dentro de uma família humilde, mas, como ele mesmo disse, “nunca nos faltou nada”.
Foi uma criança sensível e espiritual.... Mais adiante, começaria a ter aparições da Virgem Maria que durariam pelo resto de sua vida. Foi ordenado sacerdote em agosto de 1910, e em fevereiro deste mesmo ano se estabeleceu em San Giovanni Rotondo, onde permaneceu até sua morte, que hoje, é o segundo Santuário mais visitado do mundo todo, depois do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México.

No dia 20 de setembro de l918, recebe os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo em suas mãos, pés e no peito, no lado esquerdo. Pelo resto de sua vida, Padre Pio carregaria consigo as marcas do Cristo crucificado, causa de terríveis sofrimentos, provações e muitas perseguições.

O sangue que escorria das feridas—que chegava a verter até uma xícara de sangue por dia— surpreendentemente não exalava nenhum mau cheiro. Ao contrário, das feridas se desprendia um suave odor de flores.

São Pio era um grande confessor. Permanecia no confessionário até 17 horas por dia. Chegou a expulsar pessoas que se aproximavam do sacramento da confissão de forma superficial. Mas ele sabia que elas retornariam arrependidas, graças à força de sua oração. Os maiores milagres aconteceram ali, no confessionário da igreja de Santa Maria das Graças, por intermédio de seus extraordinários dons.

A bilocação, ou a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, era outro dos carismas de São Pio. Outro carisma marcante, era o perfume de santidade, fenômeno que certa vez levou uma menina a dizer que o padre parecia viver no meio de flores. Era o odor deixado pela presença do padre Pio.
Tocou muitos corações, sobretudo os que tiveram o privilégio de assistir a suas missas. Celebrar era talvez o seu maior carisma. No altar, revivia toda a Paixão de Cristo.

No ano de 1940, arquitetou o projeto de um hospital que se denominou “Casa do Alívio do Sofrimento”— o mais importante do sul da Itália— cuja construção terminou no ano de 1956.

Depois de 50 anos, desde que lhe aparecera pela primeira vez os estigmas de Nosso Senhor, no dia 20 de setembro de 1968, padre Pio celebrou a santa missa na hora de sempre. Ao redor do altar, havia 50 vasos com rosas vermelhas que simbolizavam os 50 anos de sangue... Alguns dias depois, horas antes de sua morte, o encontraram com o rosário em suas mãos repetindo com voz fraca: "Jesus, Maria..."

No dia 23 de setembro de 1968, falece padre Pio. Em seu corpo, já não havia sinal dos estigmas. Um suave perfume de flor de laranjeira emanava de seu quarto... Um perfume que pode ainda hoje ser sentido em todas as partes do mundo...

Foi canonizado no dia 16 de junho de 2002, pelo Papa João Paulo II, que inclusive, já havia participado de uma de suas missas...

Que São Pio interceda por todos nós e nossas famílias!...
Deus te abençoe!
Carinho e orações...
Gina

Fonte: Padre Pio- Crucificado por amor Ed. Loyola

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Santo Agostinho
(28 de agosto)

Ó eterna verdade e verdadeira
caridade e cara eternidade!


Instigado a voltar a mim mesmo, entrei em meu íntimo, sob tua guia e o consegui, porque tu te fizeste meu auxílio (cf. Sl 29,11). Entrei e com certo olhar da alma, acima do olhar comum da alma, acima de minha mente, vi a luz imutável. Não era como a luz terrena e evidente para todo ser humano. Diria muito pouco se afirmasse que era apenas uma luz muito, muito mais brilhante do que a comum, ou tão intensa que penetrava todas as coisas.

Não era assim, mas outra coisa, inteiramente diferente de tudo isto. Também não estava acima de minha mente como óleo sobre a água nem como o céu sobre a terra, mas mais alta, porque ela me fez, e eu, mais baixo, porque feito por ela. Quem conhece a verdade, conhece esta luz.
Ó eterna verdade e verdadeira caridade e cara eternidade!

Tu és o meu Deus, por ti suspiro dia e noite. Desde que te conheci, tu me elevaste para ver que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não era. E reverberaste sobre a mesquinhez de minha pessoa, irradiando sobre mim com toda a força. E eu tremia de amor e de horror. Vi-me longe de ti, no país da dessemelhança, como que ouvindo tua voz lá do alto:

“Eu sou o alimento dos grandes. Cresce e me comerás. Não me mudarás em ti como o alimento de teu corpo, mas tu te mudarás em mim”.E eu procurava o meio de obter forças, para tornar-me idôneo a te degustar e não o encontrava até que abracei o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus (1Tm 2,5), que é Deus acima de tudo, bendito pelos séculos (Rm 9,5).

Ele me chamava e dizia: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). E o alimento que eu não era capaz de tomar se uniu à minha carne, pois o Verbo se fez carne (Jo 1,14), para dar à nossa infância o leite de tua sabedoria, pela qual tudo criaste.

Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz.

Oremos: Renovai, ó Deus, na vossa Igreja aquele espírito com o qual cumulastes o bispo Santo Agostinho para que, repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria, e só a vós busquemos, autor do amor eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja (Séc.V)
Liturgia das Horas

domingo, 15 de agosto de 2010


Assunção de Nossa Senhora
(15 de agosto)

“À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.”
(Sl 44,10)


"Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada!

E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a ação de graças e o louvor!"(São Bernardo)

No dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio XII proclamou solenemente o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e de alma:
"Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo."

"Se a morte não tem poder sobre Jesus ― ou seja, sobre o Filho― tampouco o pode ter sobre a Mãe, isto é, sobre aquela que lhe deu a vida terrena...A solenidade da Assunção apresenta-nos o reinar do nosso Deus e o poder de Cristo sobre toda a criação!"
(Papa João Paulo II)

Amados, é motivo de grande alegria a solenidade de hoje!
Nossa Senhora foi à frente, para 'defender com eficácia a nossa salvação'...
Deus te abençoe e a toda sua família, dando a certeza da vitória em todas as situações!...
Com carinho e orações...
Gina

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

São João Maria Vianney
Patrono dos Sacerdotes

(4 de agosto)

São João Maria Batista Vianney nasceu na França em 1786.Como modelo e intercessor dos sacerdotes, celebramos no dia 4 um simples camponês, de mente rude e incapaz de aprender filosofia e teologia necessário a para ser ordenado. Assim era São João Vianney, conhecido como o Cura D’Ars.

Seus mestres chegaram a desanimar com relação à sua ordenação sacerdotal, mas a sua vida, modelo de piedade, foi o que lhe possibilitou receber a Sagrada Ordem e tornar-se um ministro de Cristo. A sua ignorância era tamanha que foi impedido, inicialmente, de atender confissões pois “julgavam-no incapaz de guiar consciências.”

Ao receber o sacerdócio foi enviado para Ars, uma pequena aldeia, com apenas duzentos e trinta habitantes que viviam de maneira contrária aos ensinamentos divinos. No decorrer de seu ministério, São Cura D’Ars se revelou como um grande iluminado de Deus, onde os carismas se manifestavam fortemente.

Após dez anos de dedicação total, por meio de adoração, penitências e pregações, toda a cidade de Ars foi transformada, e tornou-se um centro de peregrinações. Desprovido de riquezas, com uma vida totalmente entregue ao Senhor, faleceu no dia 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos. Ficou conhecido como um dos mais famosos confessores da história, e foi canonizado pelo Papa Pio XI, em 1925. Recebeu o título de Patrono e do modelo dos sacerdotes.

Peçamos que São Cura D’Ars interceda por todos os sacerdotes, pois reconhecemos a grandeza da vocação e missão desses eleitos de Deus. Que nunca lhes falte o amor, o respeito e a reverência do povo à eles confiado. No livro “O Diálogo”, de Santa Catarina de Sena, o próprio Senhor nos fala de seus escolhidos:

Nem os anjos possuem dignidade igual a esta concedida aos homens, na pessoa dos sacerdotes... Os ministros são ungidos meus. A respeito deles diz a Escritura: ‘Não toqueis nos meus cristos’ (Sl 105,15). Quem os punir cairá na maior infelicidade...Afirmo-te que devem ser respeitados pela autoridade que lhes dei, e por isso mesmo não podem ser ofendidos. Quem os ofende, a mim ofende...Qualquer injúria: caçoadas, traições, afrontas, já disse e repito: não quero que meus cristos sejam ofendidos. Somente Eu devo puni-los, não outros...A veneração pelos sacerdotes não pode cessar; se tal coisa acontece, sinto-Me ofendido.”


"Viver em meio ao turbilhão do mundo e não desejar seus prazeres; ser membro de todas as famílias e a nenhuma pertencer; compartilhar os sofrimentos; penetrar todos os segredos; derramar bálsamo em todas as feridas; apresentar-se a Deus em nome dos homens e ofertar-lhes suas preces; voltar aos homens para comunicar-lhes o perdão de Deus e a esperança; possuir um coração de fogo pela caridade que o incendeia e um coração de bronze pela castidade que o tempera; ensinar e perdoar; consolar e abençoar, sempre!”
(São João Maria Vianney)

São João Maria Vianney rogai por nós, especialmente por
todos os sacerdotes!...
Com carinho e orações...
Gina


*Fonte: Toca para a Igreja ago/2003
O Diálogo Ed Paulinas

sábado, 31 de julho de 2010


Santo Inácio de Loyola
(31 de julho)
“Pai do Discernimento Espiritual”

Inácio nasceu em 1491 em Loyola, uma cidade da Espanha. Era de uma família nobre e católica, muito orgulhosa de seu passado guerreiro e de sua fidelidade à Coroa Espanhola. Mas, apesar de ter crescido num ambiente católico, Inácio levava uma vida voltada aos prazeres do mundo.

O fato mais importante de sua vida, ocorreu em 20 de maio de 1521, quando participou da batalha de Pamplona contra os franceses. Inácio foi ferido gravemente em uma das pernas. Enquanto se recuperava, fez uma profunda experiência de conversão, descobrindo por si mesmo a importância de guardar seus pensamentos.

Durante a sua permanência no hospital, passava o seu tempo lendo romances sobre heróis românticos, se deleitava com o seu passatempo favorito. Mas, quando se acabaram os romances ele passou a ler a vida dos santos, também de forma prazerosa. Foi então que descobriu a grande diferença. Logo depois de terminar de ler a vida dos heróis, seus pensamentos tornavam-se mórbidos e depressivos, mas após a leitura da vida dos santos, seus pensamentos eram engrandecidos.

Esta foi a compreensão que levou Inácio a desenvolver o seu método de discernimento. Ele ensinou aos seus discípulos a examinarem a origem de seus pensamentos e estabeleceu uma regra de conduta. As anotações que fez de suas experiências, deram origem aos “ Exercícios Espirituais.”Alguns anos depois, Inácio é ordenado sacerdote e neste mesmo ano, segue para Roma com seus companheiros, organizando então, a “Companhia de Jesus”, sendo aprovada pelo Papa Paulo III.

Consagrados para “a maior glória de Deus”, trabalham para salvação do próximo pela pregação, pelas missões, pelos catecismos, pela controvérsia contra os hereges, pela confissão e, sobretudo, pela instrução da mocidade: para sua própria salvação, pela oração interior, o exame de consciência, a leitura especialmente dos “Exercícios Espirituais”, e a comunhão frequente.Morreu em Roma, aos 65 anos de idade.

A exemplo da conversão desse grande santo da nossa Igreja, aprendamos que nossa verdadeira liberdade virá da nossa intimidade com o Senhor. Todo pensamento que não estiver centrado em Cristo, que não faça crescer nossa fé Nele, e nosso amor por Sua Igreja, deve ser rejeitado!...

“Além disto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.” (Cf Fl 4,8)

Que Santo Inácio de Loyola interceda por todos nós!
Deus abençoe você e toda sua família!...
Com carinho e orações...
Gina

quinta-feira, 29 de julho de 2010


Felizes os que mereceram
receber a Cristo em sua casa

As palavras de nosso Senhor Jesus Cristo nos advertem que, em meio à multiplicidade das ocupações deste mundo, devemos aspirar a um único fim. Aspiramos porque estamos a caminho e não em morada permanente; ainda em viagem e não na pátria definitiva; ainda no tempo do desejo e não na posse plena. Mas devemos aspirar, sem preguiça e sem desânimo, a fim de podermos um dia chegar ao fim.

Marta e Maria eram irmãs, não apenas irmãs de sangue, mas também pelos sentimentos religiosos. Ambas estavam unidas ao Senhor; ambas, em perfeita harmonia, serviam ao Senhor corporalmente presente. Marta o recebeu como costumam ser recebidos os peregrinos. No entanto, era a serva que recebia o seu Senhor; uma doente que acolhia Salvador; uma criatura que hospedava o Criador. Recebeu o Senhor para lhe dar o alimento corporal, ela que precisava do alimento espiritual.

O Senhor quis tomar a forma de servo e, nesta condição, ser alimentado pelos servos, por condescendência, não por necessidade. Também foi por condescendência que se apresentou para ser alimentado. Pois tinha assumido um corpo que lhe fazia sentir fome e sede. Portanto, o Senhor foi recebido como hóspede, ele que veio para o que era seu, e os seus não o acolheram. Mas, a todos que o receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,11-12).

Adotou os servos e os fez irmãos; remiu os cativos e os fez co-herdeiros. Que ninguém dentre vós ouse dizer: Felizes os que mereceram receber a Cristo em sua casa! Não te entristeças, não te lamentes por teres nascido num tempo em que já não podes ver o Senhor corporalmente. Ele não te privou desta honra, pois afirmou: Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,40).

Aliás, Marta, permite-me dizer-te: Bendita sejas pelo teu bom serviço! Buscas o descanso como recompensa pelo teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora sejam de pessoas santas. Mas, quando chegares à outra pátria, acaso encontrarás peregrinos para hospedar? Encontrarás um faminto para repartires com ele o pão? Um sedento para dares de beber? um doente para visitar? Um desunido para reconciliar? Um morto para sepultar?

Lá não haverá nada disso. Então o que haverá? O que Maria escolheu: lá seremos alimentados, não alimentaremos. Lá se cumprirá com perfeição e em plenitude o que Maria escolheu aqui: daquela mesa farta, ela recolhia as migalhas da palavra do Senhor. Queres realmente saber o que há de acontecer lá? É o próprio Senhor quem diz a respeito de seus servos: Em verdade eu vos digo: ele mesmo vai fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá (Lc 12,37).

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (Séc.V)


"Pai todo-poderoso, cujo Filho quis hospedar-se em casa de Marta,
concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo."
Santa Marta, rogai por nós!...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Santa Maria Madalena
(22 de julho)

SENTIA O DESEJO ARDENTE DE ENCONTRAR A CRISTO,
QUE JULGAVA TER SIDO ROUBADO



Maria Madalena, tendo ido ao sepulcro, não encontrou o Corpo do Senhor. Julgando que fora roubado, foi avisar aos discípulos. Estes vieram também ao sepulcro, viram e acreditaram no que a mulher lhes dissera. Sobre eles está escrito logo em seguida: Os discípulos voltaram então para casa (J0 20, 10). E depois acrescenta-se: Entretanto, Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando (J0 20, 11).

Este fato leva-nos a considerar quão forte era o amor que inflamava o espírito dessa mulher, que não se afastava do túmulo do Senhor, mesmo depois de os discípulos terem ido embora. Procurava a quem não encontrara, chorava enquanto buscava e, abrasada no fogo do seu amor, sentia a ardente saudade daquele que julgava ter sido roubado. Por isso, só ela o viu então, porque só ela o ficou procurando. Na verdade, a eficácia das boas obras está na perseverança, como afirma também a voz da Verdade: Quem perseverar até o fim será salvo (Mt 10,22).

Ela começou a procurar e não encontrou nada; continuou a procurar, e conseguiu encontrar. Os desejos foram aumentando com a espera, e fizeram com que chegasse a encontrar. Pois os desejos santos crescem com a demora; mas se diminuem com o adiamento, não são desejos autênticos. Quem experimentou este amor ardente, pôde alcançar a verdade. Por isso afirmou Davi: Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41, 3). Também a Igreja diz no Cântico dos Cânticos: Estou ferida de amor (Ct 5, 8). E ainda: Minha alma desfalece (cf. Ct 5,6).

Mulher, por que choras? A quem procuras? (J0 20, 15). É interrogada sobre o motivo de sua dor, para que aumente o seu desejo e, mencionando o nome de quem procurava, se inflame ainda mais o seu amor por Ele. Então Jesus disse: Maria (J0 20, 16). Depois de tê-la tratado pelo nome comum de mulher sem que ela o tenha reconhecido, chama-a pelo próprio nome. Foi como se lhe dissesse abertamente: Reconhece aquele por quem és reconhecida.
Não é entre outros, de maneira geral, que te conheço, mas especialmente a ti. Maria, chamada pelo próprio nome, reconhece quem lhe falou; e imediatamente exclama: Rabuni, que quer dizer Mestre (J0 20, 16). Era Ele a quem Maria Madalena procurava exteriormente; entretanto, era Ele que a impelia interiormente a procurá-lo.


Das Homilias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno, Papa (Séc VI)
Liturgia das Horas III

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Nossa Senhora do Carmo
(16 de julho)

“Na Virgem do Carmo, deponho toda minha esperança,
e com esta confiança hei de triunfar sempre!”
(Papa Pio XII)


O escapulário do Carmo é um dos muitos sinais da devoção cristã que Deus quis utilizar como testemunho da fé ao auxílio da Virgem Mãe. É também um sinal de proteção de Maria e um forte escudo contra os inimigos da alma e do corpo.
Inicialmente, era grande e usado apenas pelos carmelitas. Entretanto, no decorrer dos séculos, a Igreja tornou-o popular, a fim de que todos os cristãos participassem dos privilégios e bens espirituais ligados a ele. Não é um sinal mágico de proteção, mas uma arma para os cristãos que se deixam guiar pela fé, pela esperança e pelo amor.

O escapulário é uma devoção comprometedora. Ao usá-lo, a pessoa assume uma ligação com Nossa Senhora e compromete-se a seguir seus passos, agindo com dignidade de filho de Deus. É um ato de consagração e, desta forma, nos une ao Senhor e sua vontade, realizando o maior de todos os milagres: nossa união com Ele durante a vida, no momento da morte e sempre.

É impressionante o fato narrado na vida de São João Maria Vianey. Ele confessava uma moça. Entre outras perguntas, propôs o santo esta:
— Lembra-te de um baile, em que você esteve, no qual um rapaz muito elegante dançou com outras moças, menos com você, fazendo-a sentir-se depreciada?
Imediatamente, ela respondeu que sim e São João continuou:
— Lembra-se de que, ao se retirar do salão, ele parecia andar sobre chispas azuis? Pois bem, aquele rapaz era o demônio, e não se aproximou porque você estava usando o escapulário. Feliz companhia de Nossa Senhora!

Como dizia São Germano, “Nossa Senhora do Carmo é a condutora do poder invencível.” Portanto, o verdadeiro valor e sentido do escapulário está no que ele representa: a presença constante de Nossa Senhora na consciência e na vida de quem a ela se consagra.Quem o veste conscientemente faz acontecer o milagre da fé, da conversão interior, de uma vida humilde diante de Deus e dos homens.

Oração à santíssima Virgem do Carmo

Nossa Senhora do Carmo, condutora do poder invencível, sabendo que não acontecerá jamais que se perca algum fiel de Deus e vosso verdadeiro devoto, venho me consagrar à vossa poderosa proteção. Como prometeis a todos os fiéis:
— Sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei; meu coração será o refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Por esta promessa, apresento-vos todas as minhas inquietações, confiante e seguro na vossa intervenção. Na dor, amargura, na tristeza, no sofrimento, minha Mãe Virgem do Carmo, vós sois minha esperança! Nas privações e perdas, na doença e no abandono, na carência e na pobreza, vós sois a Mãe da Misericórdia. Nas dúvidas e temores que me assaltam, nas tentações e perigos, nas perseguições e calúnias, nos desprezos e humilhações, vós sois a Mãe do Perpétuo Socorro! Nos trabalhos e lutas deste dia e em todas as situações que preciso da luz divina, vós sois a Mãe do impossível! Senhora Virgem do Carmo, coloco em vós minha esperança e com esta confiança hei de triunfar sempre! Amém.

Deus abençoe você e toda sua família, pela intercessão de Nossa Senhora do Carmo...
Com carinho e orações...
Gina


Fonte: Editora Canção Nova

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Santa Teresa de los Andes
(13 de julho)
Padroeira dos Jovens da América Latina


Juana Henriqueta Josefina de los Sagrados Corações, nasceu em 13 de julho de 1900, em Santiago, no Chile. Ao entrar para o Carmelo, o Convento Das Carmelitas Descalças dos Andes,mudou seu nome para Irmã Teresa de Jesus.Ficou somente por 11 meses no Carmelo, onde faleceu com apenas 19 anos.

Proclamada santa pelo Papa João Paulo II no dia 21 de março de 1993, é a “santa da alegria”, e "padroeira dos jovens da América Latina." Teresa teve uma vida simples, acessível à todos, modelo especialmente para os jovens que tanto buscam a felicidade.

Teresa tornou-se santa no dia a dia, lutou para dominar seu orgulho, sua vaidade, suas limitações.
Chegou a ser, com seu esforço e a graça de Deus, um “anjo de bondade” para sua família que sofreu muito por questões econômicas, a conselheira de suas irmãs, a amiga fiel na escola, a reconciliadora entre seus pais e o irmão ateu, a educadora e conselheira dos empregados do Carmelo.

Nada de especial fez a jovem Teresa, mas viveu a rotina, com completo abandono à vontade de Deus.Teresa nos mostra um Deus alegre, um Deus que faz ser feliz àqueles que d’Ele se aproximam. Deus confiou à Teresa dos Andes a tarefa de mostrar a ALEGRIA INFINITA que é conhecê-lo e amá-lo e, quando Deus quer mostrar algo grandioso, escolhe a um instrumento pequeno; assim, fez dela uma profetisa da alegria.


Ela foi feliz e por isso pode mostrar a alegria que é Deus no coração dos que O amam. Um Deus crucificado, aniquilado, derrotado, derrotado na dor, mas vencedor sobre o pecado.Um Deus que “encontra sua alegria em estar com os homens”, que dá Sua paz para que “em nós a alegria seja plena.”

Hoje o mundo está triste, há muita gente amando pouco, e pouca gente amando muito.O que fazemos quando encontramos tantas pessoas deprimidas, tantos jovens "viajando" sem volta? Teresa está aí, mostrando a alegria do amor de Deus. É ela que nos diz: "Cante e louve a Deus dizendo: ‘eu sou a criatura mais feliz do mundo!’ Deus, o único bem que pode satisfazer-me, o único ideal que pode enamorar-me, o único ideal que pode enamorar-me eternamente. N’Ele encontro tudo... "

... "Nas trevas e na dor hei de dizer: ‘por Ti meu Deus, vou sofre e amar’. Busca a solidão do sacrário, busca a teu Deus que te busca e entrega-te a Ele. Desde agora coloco-me em tuas mãos Jesus, faça de mim o que quiseres. Meu Deus, te amo e em amor quero viver toda a minha vida porque em Ti encontro a Alegria Infinita!"


Santa Teresa de los Andes, rogai por nós!



(Principal fonte: Ordem Carmelitana Descalça no Brasil)

sábado, 10 de julho de 2010


São Bento
(11 de julho)

São Bento nasceu em Núrsia, na Itália, por volta do ano 480, gêmeo de sua irmã Santa Escolástica. De sua personalidade se destaca uma primorosa e exigente determinação em escutar a Deus e um horror à murmuração, pois considerava, em sua sábia sinceridade, os murmuradores como “toupeiras que solapam a paz do Senhor” que, segundo Bento, é fundamental.

Seu lema “Ora et Labora” (reza e trabalha) e “pax” (paz), não perdeu ainda hoje a sua importância e eficácia como desafio e modelo de santidade perfeita. Orar e trabalhar, contemplar e agir, é a síntese da Regra Beneditina. O verdadeiro monge deveria ser, assim se lê no segundo capítulo da regra criada por ele: “Não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador, não difamador...mas casto, manso, zeloso, humilde, obediente.”

A vida de São Bento foi profundamente marcada pela radicalidade num rompimento definitivo com os prazeres do mundo, profundíssima espiritualidade, prodígios extraordinários e destemida batalha espiritual. Com o demônio, Bento teve que lutar muitas vezes, e o descreve como "figura de fogo, horrendíssima, a chispar lume pelos olhos contra ele". Em seus ensinamentos sobre esta batalha contra o demônio, Bento enfatiza que o mais importante e urgente é que o homem reaja contra as tentações.”

No dia de sua morte, mesmo doente e com o corpo abatido por severas penitencias, dirigiu-se à celebração eucarística, comungou e, guerreiro até o fim, morreu de pé, sustentado por seus discípulos, qual vencedor, de braços abertos à imitação de Cristo. Era o ano de 547, dia 21 de março. Bento estava com 67 anos.

A antiga tradição beneditina conserva duas festas de São Bento. A primeira, 21 de março, é a passagem de bento desta vida para o céu. Esta festa é mais celebrada na ordem Beneditina. A segunda, 11 de julho, é a festa de São Bento, Patriarca dos Monges do Ocidente e Padroeiro da Europa. Para se ter idéia da grandiosidade da obra Beneditina, basta saber que este berço gerou para a Igreja vinte e três papas, cinco mil bispos e cerca de três mil santos canonizados.

Quanto à medalha, há mais de 300 anos, conhecida no mundo inteiro, é venerada por causa de sua eficácia contra o demônio e suas manifestações; é divulgada por trazer em si as graças próprias da santidade de Bento. Convida-nos ao combate espiritual e nos põe em alerta frente a necessidade de abraçar uma vida de radical santidade.

Portanto, não é amuleto nem objeto que possa “dar sorte” a quem a use. Trata-se de um sacramental, isto é, um sinal visível de nossa fé, útil para a piedade divina que, uma vez abençoado e exorcizado, traz em si as graças que representa.

Até hoje, a medalha que usamos traz numa face a figura de São Bento, tendo numa das mãos a regra que escreveu, e na outra a Cruz, com a qual operou tantos milagres. Neste lado está escrito: CRUZ DO SANTO PAI BENTO. Na outra face está uma Cruz, e as letras que são as iniciais das frases que compõe a oração:


A cruz sagrada seja a minha luz,
Não seja o dragão meu guia.
Retira-te satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mal o que tu ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!


SÃO BENTO, ROGAI POR NÓS!

Deus abençoe você e sua família!...
Com carinho e orações...
Gina

Fonte principal: Um monge caminha conosco- Ricardo Sá Editora Canção Nova